Após 23 dias de greve, os bancários de Roraima e Mato Grosso retomaram às atividades nesta quinta-feira (29). Eles tinham decidido continuar mobilizados mesmo depois de a greve da categoria ter sido oficialmente encerrada na última terça-feira (27). Nos demais estados da Amazônia Legal os bancos públicos também voltaram a funcionar.
O presidente do Sindicato dos Bancários no Mato Grosso, João Luís Dorado, afirma que ficou difícil manter a paralisação.
Sonora: "Nós definimos, diante da conjuntura nacional, que seria inviável em Mato Grosso continuarmos em greve. Até porque a grande maioria dos estados definiu pelo retorno às atividades. Até porque seria difícil a Fenaban negociar somente com o estado do Mato Grosso".
João Dourado enfatiza que, apesar do fim da greve, os bancários no estado continuam na luta para garantir outros benefícios.
Sonora: "Foi a maior greve, mas ainda temos demanda que vamos continuar mobilizados, desde sobre contratação, melhorias de condições de trabalho, principalmente no que tange a questão da saúde do trabalhador".
O sindicalista pontua que os quadros de funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica são deficitários no estado. Somente para substituir os aposentados, seria necessária a contratação de pelo menos cinco mil pessoas.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), eleva para 10% o índice de reajuste sobre o salário e em 14% os vales alimentação e refeição. Reajusta também em 10% o piso salarial e 10% sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados. O valor desta parcela será de 2,2% do lucro líquido a ser distribuído.
Já os dias parados, vão ser compensados com uma hora a mais nos dias de trabalho até 15 de dezembro.