O Brasil fechou 2015 com número de casos prováveis de dengue 178% maior que o de 2014. Foram um milhão e seiscentos mil casos da doença. Os dados são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado nesta sexta-feira. O documento também indica que em 2015 foram confirmadas 843 mortes pela doença. Em 2014, o número de mortes ficou em 473.
Em São Paulo, estado com maior número absoluto de casos, o salto foi de aproximadamente 226 mil casos prováveis de dengue para cerca de 734 mil em 2015. Goiás foi o estado com maior número de pessoas com dengue por habitante, seguido por São Paulo e Pernambuco. O pico nacional de incidência de infecções por dengue no ano passado ocorreu em abril.
Ao longo de 2015, foram notificados cerca de 20 mil casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya, doença que, assim com a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2014, o quantitativo foi bem menor: cerca de três mil e seiscentos casos autóctones suspeitos da febre de chikungunya.
A infecção pelo vírus Zika, também transmitida pelo Aedes aegypti, não tem notificação obrigatória no Brasil, já que 80% dos casos não apresentam sintomas.
Entretanto, o boletim epidemiológico revela que, em 2015, o vírus foi transmitido em 19 estados. Em 2016, o Distrito Federal foi a 20ª unidade da Federação a entrar nesta lista.
A princípio, o zika era considerado o vírus mais brando entre os três transmitidos pelo Aedes aegypti. Porém, em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que, quando uma gestante é infectada pelo vírus, a criança pode nascer com microcefalia.
Nos últimos meses, foram intensificadas as campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti. A vacina contra a dengue teve registro aprovado em dezembro e deve ser comercializada ainda este semestre.