Em Rondônia, a violência no campo está tomando grandes proporções. A denúncia é da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que reforça a falta de reforma agrária como a principal razão dos conflitos. Segundo a entidade, em 2015 foram 21 trabalhadores do campo assassinados no estado. Neste ano, já foram quatro mortos.
A maioria dos conflitos, de acordo com a Comissão, ocorre na Região do Vale do Jamari, entre fazendeiros e trabalhadores rurais sem-terra. Já o governo de Rondônia, informou, em sua página na internet, que o batalhão da Polícia Militar em Ariquemes está combatendo crimes praticados por organização criminosa infiltrada no movimento social.
Para a CPT, a preocupação é a criminalização dos movimentos sociais, como explica o agente pastoral Josep Iborra.
Sonora: “A segurança pública de Rondônia tem atuado de forma muito parcial. Apenas criminalizando os sem-terra e acusando da violência. Na realidade, o que há é uma reação muito violenta dos fazendeiros que grilaram as terras. A maioria são terras públicas. Uma até foi expropriada pelo Incra pra reforma agrária e, na realidade, eles estão reagindo de forma violenta contra qualquer pretensão de que as terras sejam destinadas à reforma agrária”.
Ciente dos conflitos na região, o ouvidor agrário nacional, desembargador Gersino José, não acredita que haja criminalização de lideranças ou parcialidade nas investigações promovidas pela PM de Rondônia.
Sonora: “Não é verdade essa afirmação dos movimentos sociais rurais de que há criminalização dos trabalhadores rurais. As operações que são feitas têm o objetivo de garantir a integridade física dos proprietários, dos empregados e dos trabalhadores rurais, doa a quem doer”.
O desembargador descartou a possibilidade de federalização das investigações e ressaltou que a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo estará na capital Porto Velho, entre os dias 7 e 11 de março, a fim de debater soluções para a violência na região.
A assessoria da PM de Rondônia informou em nota que a força-tarefa da corporação é composta por 25 policiais militares com equipes de inteligência, auxiliados por uma aeronave. A Força Nacional também está atuando na operação.
*Matéria substituída às 13h25 de 16/02/16 para corrigir informação. De acordo com a CPT, a maioria dos conflitos na Região do Vale do Jamari ocorre entre fazendeiros e trabalhadores rurais sem-terra e não do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como publicado anteriormente.
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