A Polícia Civil do Distrito Federal descartou a possibilidade de que o incêndio ocorrido em um terreiro de candomblé, no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, no Paranoá, em novembro do ano passado, tenha sido motivado por intolerância religiosa. Segundo o delegado, Marcelo Portela, titular da delegacia do Paranoá, as investigações concluíram que o incêndio foi acidental.
A polícia chegou a essa conclusão após ouvir as pessoas envolvidas no incêndio, vizinhos do terreiro. Marcelo Portela conta que a hipótese foi confirmada por laudo da perícia do corpo de bombeiros que apontou que a instalação elétrica do local era precária.
O fogo no terreiro Ylê Axé Oyá Bagan, mais conhecido como Casa da Mãe Baiana, começou por volta das 5h30 do dia 27 de novembro e destruiu o barracão da casa. Cinco pessoas dormiam na casa, mas ninguém ficou ferido.
O incidente no terreiro foi o terceiro caso envolvendo religiões de matriz africana no DF e entorno, em um curo intervalo de tempo. Em setembro, foram registrados incêndios em dois templos: um em Santo Antônio do Descoberto (GO) e, outro, em Águas Lindas de Goiás (GO). Os episódios fizeram com que o governador di Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg anunciasse a criação de uma delegacia para investigar crimes de racismo e intolerância no DF