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Manifestação pró e contra Lula termina em violência em SP

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Daniel Melo
17/02/2016 - 15:25
São Paulo

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas no confronto entre militantes contrários e favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os grupos protestaram em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste paulistana, onde Lula iria depor nesta quinta-feira.

 

Em número maior, militantes da CUT - Central Única dos Trabalhadores - e outros movimentos sociais usaram um carro de som para proferir discursos críticos às investigações contra o ex-presidente e à atuação dos meios de comunicação. O clima era tenso, com provocações de ambos os lados.

 

O líder do movimento Revoltados Online, Marcelo Reis, foi agredido por militantes favoráveis ao ex-presidente. Reis ficou com o olho roxo devido aos socos recebidos enquanto defendia um boneco inflável que retrata Lula em roupas de presidiário, conhecido como Pixuleco.

 

Um pequeno grupo conseguiu driblar as barreiras feitas pela Polícia Militar e rasgar o inflável.

 

Dois manifestantes solidários ao ex-presidente foram atingidos por pedras lançadas pelo grupo contrário a Lula, e um terceiro levou pancadas da Polícia Militar.

 

Apesar do tumulto, o coordenador estadual da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, acredita que a manifestação serviu para mostrar que existe uma forte articulação de defesa do ex-presidente.

 

Lula e sua mulher Marisa Letícia prestariam declarações nesta quinta-feira sobre um apartamento triplex no Guarujá. A suspeita do Ministério Público Federal é de que houve tentativa de ocultar a identidade do dono do triplex, que supostamente seria do ex-presidente, o que poderia caracterizar crime de lavagem de dinheiro.

 

O depoimento do casal foi suspenso por uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público em atendimento a uma representação do deputado federal Paulo Teixeira, do PT de São Paulo. O parlamentar acusa o promotor Cássio Conserino de ter feito um prejulgamento de sua decisão ao dar entrevista a uma revista de circulação nacional antes mesmo de ouvir os depoimentos.

 

Após o anúncio da suspensão do depoimento, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Marco Elias Rosa, divulgou uma nota de apoio aos promotores que investigam Lula.

 

* Matéria atualizada para complementação de informações em 18.02.16, às 10h30 horas.

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