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Jaques Wagner defende que Temer renuncie se Câmara rejeitar impeachment

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Kariane Costa
11/04/2016 - 23:00
Brasília

O ministro Jaques Wagner, da chefia de Gabinete da presidenta Dilma disse nessa segunda-feira (11) que o vice  presidente Michel Temer deveria renunciar ao cargo, caso o processo de impeachment  da presidenta seja rejeitado pela Câmara.

 

A declaração foi após a divulgação de um áudio em que o vice-presidente da república, Michel Temer se dirige ao povo brasileiro, em um “pronunciamento à nação” como se o processo de impeachment contra a presidenta Dilma já tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara Federal.

 

Jaques Wagner disse que o vazamento foi intencional e classificou o episódio como uma to de conspiração contra governo. Ele disse ainda que a permanência de Temer vai ficar insustentável.

 

Na mensagem, que tem cerca de 14 minutos, o vice-presidente fala sobre a crise política, chama os partidos para uma "salvação nacional" e diz que vai manter programas sociais. Ao explicar as declarações,  Michel Temer disse que são teses sustentadas por ele ao longo do tempo e que não há novidade sobre elas.

 

Segundo o vice-presidente, a mensagem gravada era uma resposta às perguntas se estava preparado para ocupar a Presidência da República. Temmer disse que a gravação foi distribuída aos integrantes do PMDB em um grupo do whatsapp por equívoco.

 

No Congresso, o vazamento do áudio recebeu críticas de alguns parlamentares, como o vice-líder do governo, Henrique Fontana do PT, que chamou Temer de golpista. Por sua vez, o deputado Carlos Marum, do PMDB, minimizou a divulgação da mensagem e disse que Temer apenas fazia uma reflexão no caso de o impeachment ser aprovado na Câmara.

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