O ministro Jaques Wagner, da chefia de Gabinete da presidenta Dilma disse nessa segunda-feira (11) que o vice presidente Michel Temer deveria renunciar ao cargo, caso o processo de impeachment da presidenta seja rejeitado pela Câmara.
A declaração foi após a divulgação de um áudio em que o vice-presidente da república, Michel Temer se dirige ao povo brasileiro, em um “pronunciamento à nação” como se o processo de impeachment contra a presidenta Dilma já tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara Federal.
Jaques Wagner disse que o vazamento foi intencional e classificou o episódio como uma to de conspiração contra governo. Ele disse ainda que a permanência de Temer vai ficar insustentável.
Na mensagem, que tem cerca de 14 minutos, o vice-presidente fala sobre a crise política, chama os partidos para uma "salvação nacional" e diz que vai manter programas sociais. Ao explicar as declarações, Michel Temer disse que são teses sustentadas por ele ao longo do tempo e que não há novidade sobre elas.
Segundo o vice-presidente, a mensagem gravada era uma resposta às perguntas se estava preparado para ocupar a Presidência da República. Temmer disse que a gravação foi distribuída aos integrantes do PMDB em um grupo do whatsapp por equívoco.
No Congresso, o vazamento do áudio recebeu críticas de alguns parlamentares, como o vice-líder do governo, Henrique Fontana do PT, que chamou Temer de golpista. Por sua vez, o deputado Carlos Marum, do PMDB, minimizou a divulgação da mensagem e disse que Temer apenas fazia uma reflexão no caso de o impeachment ser aprovado na Câmara.