A defesa dos empresários Adir Assad e Marcelo Abbud, que deixaram o Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, afirmou que vai pedir a revogação da prisão preventiva.
Presos no mês passado na Operação Saqueador, da Polícia Federal, eles foram soltos nesta segunda-feira (11) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e vão cumprir prisão domiciliar. Por falta de verbas no estado do Rio, eles não serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas, mas por agentes federais.
O advogado de Adir Assad e Marcelo Abbud, Miguel Pereira Neto, afirma que não há elementos que justifiquem o pedido de prisão preventiva.
Também foram soltos o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o diretor da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor da empresa Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu.
Por telefone, o advogado de Cláudio Abreu, Fabrício Correia de Aquino, disse que vai pedir que o cliente cumpra prisão domiciliar em Goiânia, onde fica a casa dele. O advogado defende que a decisão da desembargadora Nizete Lobato de que o empresário fique no Rio contraria a ordem do STJ, já que Abreu mora em outro estado.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish.
Os envolvidos são réus em ação penal, acusados de lavagem de dinheiro em contratos de obras realizadas pela construtora Delta, entre elas a reforma do estádio Maracanã. Segundo as investigações, os prejuízos aos cofres públicos chegam a R$ 370 milhões.