Uma disputa judicial atrasa ainda mais a entrega do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá.
O modal deveria ser entregue antes da Copa do Mundo, em 2014, mas, até agora, não foi concluído.
Quinze imóveis devem ser demolidos no Centro Histórico da cidade, para dar espaço ao VLT, mas dois proprietários desses imóveis constentam o valor das indenizações.
E um terceiro proprietário, que se recusa a deixar o local, além de contestar a indenização, alega que a região é área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O secretário de Cidades de Mato Grosso, Eduardo Chiletto, nega o tombamento. Segundo ele, a demolição será no entorno da área de tombamento.
De 2012 a 2016, o Estado desapropriou 685 áreas, incluindo as obras de mobilidade e o VLT, e pagou mais de R$ 44 milhões em indenizações.
Pelas desapropriações no Centro Histórico, o governo desembolsou mais de R$ 6 milhões.
O atraso na entrega da obra também acontece porque o consórcio construtor exige o dobro do valor combinado para a conclusão do trabalho.
O projeto inicial previa o gasto de R$ 1,4 bilhão para a entrega do VLT. A empresa pede pelo menos mais R$ 1 bilhão para encerrar o trabalho.
A consultoria KPMG alega que R$ 600 milhões são suficientes. A questão será definida na Justiça.