Os auditores fiscais da Alfândega e da Receita Federal de Santos, no litoral de São Paulo, entraram no segundo dia de greve nessa semana.
A interrupção dos trabalhos começou nessa terça-feira e segue até quinta. Na sexta-feira e na próxima segunda, os auditores fiscais retomam a atividade, mas em operação padrão, ou seja, em ritmo mais lento.
A previsão da categoria é voltar a interromper as atividades entre os dias 29 de novembro e primeirode dezembro caso as reivindicações não sejam atendidas.
Eles pedem reposição das perdas inflacionárias dos últimos três anos, o que significa um reajuste salarial de cerca de 15% e retomada do abono por produtividade.
Há pelo menos 40 dias, a categoria tem mantido esse tipo de escala que intercala trabalho e paralisação.
Segundo o sindicato, a adesão dos auditores que fiscalizam importações e exportações chega a 95%. Mas atividades emergenciais da aduana estão sendo mantidas, como o transporte de medicamentos, alimentos perecíveis e de armas e munições.
Já na área responsável pela cobrança de tributos, como o imposto de renda, a adesão da categoria foi total. O vice-presidente do Sindifisco, o Sindicato dos Auditores Fiscais de Santos, Elias Carneiro Junior, calcula os prejuízos.
Em Santos, trabalham cerca de 180 auditores, sendo 120 na Alfândega e 60 na Delegacia da Receita Federal. Segundo a assessoria de imprensa da Codesp, a Companhia Docas do Estado de São Paulo, responsável pela administração do Porto de Santos, não é possível calcular os prejuízos da paralisação nas atividades portuárias.
