Quatro pessoas morreram na manhã desta quarta-feira no incêndio que atingiu um galpão de dois andares na Avenida Celso Garcia, zona leste da capital paulista. Foram identificadas duas mulheres e um homem. A quarta pessoa - que teve o corpo carbonizado - ainda não tinha sido identificada.
Entre 25 e 30 pessoas - a maioria bolivianos - moravam e trabalhavam no imóvel, que era invadido. Denivaldo Menezes, que é brasileiro, morava com a mulher e tinha também um pequeno bar no local. Ele conta que acordou assustado com o fogo.
O galpão era dividido em cerca de 20 boxes - alguns alugados para moradia e comércio, explicou a advogada Patrícia Vega, do Centro Integrado do Imigrante.
A Superintência Regional do Trabalho em São Paulo vai abrir investigação para apurar se alguns dos bolivianos trabalhavam em condição semelhante à escravidão. É o que afirmou o auditor fiscal do Trabalho Renato Binhame, que estava no local acompanhando o trabalho dos bombeiros.
A advogada Patrícia Vega relatou que os bolivianos que entraram em contato com ela possuem registro de estrangeiros, não estando em situação irregular no país.
