Secretário do Rio espera que dose única contra febre amarela diminua corrida pela vacinação
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo, disse, nesta quinta-feira, que espera que a determinação do governo federal de seguir a recomendação de uma dose única para a vacina contra a febre amarela reduza a corrida aos postos de saúde da cidade.
Em todo o território nacional, a imunização era feita com a aplicação de uma dose padrão e o reforço após 10 anos. Em uma tentativa de imunizar um maior número de pessoas, o Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira, que passa a adotar a recomendação da Organização Mundial da Saúde.
Até então, o Brasil era o único país no mundo a exigir as duas doses da vacina. Durante debate público sobre a doença na Câmara Municipal, o secretário ressaltou que “o Rio não é área de risco” e que espera que a iniciativa diminua a procura.
A gestora de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz, Marília Santini, afirmou que estudos científicos da OMS garantem uma boa resposta do organismo à vacina a longo prazo e que, portanto uma dose é suficiente.
Marília enfatiza que a recomendação não foi adotada como forma de economizar e explica, ainda, que Brasil optou por duas aplicações como forma de padronizar a conduta, já que crianças menores de cinco anos precisam, necessariamente, de um reforço.
O secretário municipal de Saúde falou, ainda sobre a possibilidade de fracionamento da dose, proposta pelo Ministério da Saúde. Carlos Eduardo destacou que o plano só será adotado em caso de mudança no cenário epidemiológico.
Ainda de acordo com o secretário, o estado do Rio deve receber nesta sexta-feira, parte do lote com um milhão de doses da vacina contra a febre amarela. A segunda remessa deve chegar na próxima semana.