Mais um detento foi morto dentro da Unidade Prisional do Puraquequara, na zona leste de Manaus. O corpo de Jonathas Brito Pena foi encontrado na cela 8, da galeria 1, por volta das cinco e meia da tarde de sábado. Ele estava preso desde outubro do ano passado por tráfico de drogas.
Em nota, a Seap, Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, informou que o interno apresentava sinais de asfixia, com suspeita de enforcamento. A Polícia Civil está colhendo depoimentos dos detentos que dividiam a cela com a vítima.
Na sexta-feira, outros seis presos foram assassinados dentro do presídio: Janderson Araújo da Silva – conhecido como Boca Rica, Leonardo Almeida de Souza, Marcos Henrique Neves de Lima, Tiago de Araújo, Felipe Xavier Oliveira e Felipe Gonçalves Marques.
Segundo a Seap, não houve motim ou rebelião na unidade prisional, “tendo em vista que os internos não apresentaram oposição às forças policiais, reivindicações e nem danos ao patrimônio público”. As mortes teriam sido motivadas por uma rixa entre membros de uma mesma facção criminosa que atua no Amazonas.
As famílias de detentos estão apreensivas com a sensação de insegurança dentro dos presídios da capital amazonense. É o caso dessa senhora que prefere não se identificar e que tem um filho preso há oito meses no Compaj, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim.
Sonora: “Tenho medo sim. Eles dizem que tem segurança, mas não tem. É insegurança total. Eu confio em Deus porque na polícia não adianta. Temo pela vida do meu filho.”
No dia 2 de janeiro deste ano, quatro detentos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara, mesmo dia em que terminou a rebelião no Compaj, e que resultou na morte de 56 presos.