No dia seguinte à greve geral convocada pelas centrais sindicais, o serviço do VLT – o veículo leve sobre trilhos – não funcionou no Rio de Janeiro.
O objetivo da greve de 24 horas, realizada na sexta-feira, era reunir manifestantes em protesto contra as reformas da previdência e trabalhista, propostas pelo governo federal.
De acordo com a Polícia Militar, houve saques na cidade, lojas e estações do metrô foram depredadas, além de ônibus e carros apedrejados e incendiados.
Pelo menos nove ônibus foram queimados no centro do Rio durante as manifestações. A carcaça deles, inclusive, estava lá, no dia seguinte, no local dos confrontos.
As duas linhas do VLT também foram atingidas. Seis paradas foram totalmente depredadas (Candelária - Sete de Setembro - Carioca - Cinelândia - Colombo e Tiradentes).
A linha 1 funcionou provisoriamente entre as estações Rodoviária e Parada dos Museus neste sábado.
A turista Rosana Duzo ia conhecer o VLT carioca e lamentou.
A farmacêutica Cristina Lucena usaria o VLT para se locomover na cidade e também lamentou.
Os confrontos entre alguns manifestantes e a polícia começaram na tarde de sexta-feira, quando se iniciava uma movimentação a caminho do ultimo ato do protesto, na Cinelândia, na região central da cidade.
Os agentes usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para a dispersão e isso causou um corre-corre.
Sindicalistas, lideranças sociais e a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio acusam a Polícia Militar de ter inviabilizado o comício pela ação adotada e provocado o esvaziamento do local.
Já a PM, por meio de nota, disse que reagiu à ação de vândalos, que estariam infiltrados entre os legítimos manifestantes.
Com a colaboração de Paulo Virgílio, da Agência Brasil