Laudo técnico apontou danos na cobertura do Estádio do Maracanã, durante os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. O documento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo informa que somente um dos 120 painéis da cobertura do estádio não apresenta problemas .
O relatório foi elaborado em fevereiro deste ano a pedido da concessionária comandada pela construtora Odebrecht, que reassumiu a gestão do Maracanã em janeiro, após receber o equipamento do Comitê Rio 2016, organizador dos Jogos.
De acordo com os técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, as avarias não provocam risco imediato ao público, exceto pelas eventuais goteiras. Porém, a avaliação é que o tempo de vida útil da cobertura vai ser prejudicado caso os reparos necessários não sejam feitos .
Segundo a concessionária, cabe ao governo do Rio de Janeiro, responsável pela concessão, decidir sobre a s providências que serão tomadas.
Os danos à lona de cobertura do Maracanã foram classificados em três graus. Os danos mais graves correspondem a 92 furos, com até três centímetros.
A concessionária disse ter advertido o governo fluminense sobre os riscos para a lona, que não deve suportar peso ou calor excessivos.
O laudo compara dados de relatório emitido depois da Copa do Mundo de 2014, por encomenda da Federação Internacional de Futebol (Fifa), quando foram identificados danos em 116 subpainéis por ação de fogos de artifício. Na ocasião, a Fifa pagou R$ 16 milhões para a realização dos reparos.
A concessionária informou que, como o conserto demoraria até dez meses, o governo fluminense não permitiu que fosse feito porque o prazo coincidiria com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Procurado, o governo do estado informou que vai analisar o laudo antes de divulgar qualquer posicionamento.