O juiz Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – condenou o ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A sentença entrou nesta segunda-feira (26) no sistema da Justiça Federal no Paraná.
Além de Palocci, o empresário Marcelo Odebrecht também foi condenado, mas a dez anos de reclusão por lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A pena dele foi acertada no acordo de colaboração premiada firmado com procuradores da Lava Jato.
O ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e a marqueteira Mônica Moura, além de outras 8 pessoas, são réus nesta mesma ação penal e vão responder por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
O processo investiga a denúncia de que Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo Odebrecht, entre 2006 e 2013.
Segundo o juiz Sérgio Moro, há elementos probatórios de que o caso transcende a corrupção de agentes da Petrobrás e que o esquema criminoso servia também para corromper agentes políticos e financiar partidos políticos.
Os pagamentos, ainda segundo Sérgio Moro, eram feitos por meio de contas secretas mantidas no exterior e entregues em dinheiro, aqui no Brasil, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, no qual Antônio Palocci Filho era identificado como "Italiano".
A defesa dos envolvidos ainda não se pronunciou sobre o caso.
* Post alterado às 12h40 de 26/06/17 para inclusão de matéria consolidada.