Ação da PF que investiga Robinson Faria é desdobramento da Operação Dama de Espadas
A Operação da Polícia Federal deflagrou hoje (15) a Operação Anteros que investiga a participação do governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, e servidores do estado em crime de organização criminosa e obstrução da justiça.
Segundo a PF, o grupo agia para na inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, nos últimos 11 anos.
Dois auxiliares de confiança do governador foram presos. Adelson Freitas dos Reis e Magali Cristina da Silva. Além das prisões, policiais recolheram documentos no centro administrativo do estado e na Assembleia Legislativa. Cerca de 70 policiais trabalharam para cumprir os mandados.
Por ter foro privilegiado, o início das investigações contra Robinson Faria e as medidas judiciais cumpridas tiveram que ser autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao todo, foram 11 medidas judiciais, sendo dois mandados de prisão e nove de busca e apreensão. O caso corre em segredo de Justiça.
A reportagem entrou em contato com o governo no Rio Grande do Norte, mas, até o momento, não obteve retorno.
A ação de hoje da Polícia Federal é um desdobramento da Operação Dama de Espadas, realizada em 2015, para investigar supostas fraudes na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Robinson Faria foi presidente do Legislativo potiguar em 2006 e é um dos suspeitos das irregularidades.
Segundo a delatora da Dama de Espadas, Rita das Mercês, ele estaria tentando obstruir as investigações sobre as fraudes. Em maio deste ano, o MP denunciou 24 pessoas investigadas na Dama de Espadas e afirmou que os desvios nos cofres da Assembleia Legislativa podem ser superiores a R$ 5,5 milhões.
