A atleta britânica que desapareceu no Rio Solimões, na última quarta-feira (13), foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, segundo a Polícia Civil do Amazonas.
Emma Kelty, de 43 anos, viajava sozinha em um caiaque desde o mês passado.
Ela saiu do Peru e teria entrado no Brasil pelo município de Tabatinga, na tríplice fronteira, sumindo em uma área perto de Coari, a 363 quilômetros de Manaus.
Um adolescente de 17 anos, acusado de envolvimento no caso, foi apreendido e outras seis pessoas estão sendo procuradas.
Ele contou, em depoimento, que a mulher estava acampando na Ilha do Boieiro, localizada em frente à Comunidade Lauro Sodré, quando foi abordada pelos infratores, que levaram os pertences e o dinheiro da atleta.
O adolescente informou ainda à polícia que a britânica foi atingida por dois tiros de espingarda calibre 20 e que o corpo dela foi jogado no Rio Solimões.
Moradores da Comunidade também foram ouvidos e relataram que viram Emma Kelty ainda com vida.
Eles encontraram a embarcação e objetos pessoais dela, como roupas e sapatos.
De acordo com informações da BBC Brasil, a Rede de Notícias Britânica, a mulher fez postagens na rede social Twitter antes do desaparecimento.
Em uma delas, a esportista disse tervisto dezenas de homens "armados com rifles e flechas" em barcos.
O local seria o mesmo onde um delegado também sumiu após um confronto com traficantes de drogas colombianos que atuam na área. O corpo dele nunca foi encontrado.
Por volta de 10 horas da noite da última quarta-feira (13), conforme declarou a Polícia Civil, uma empresa ligou para o Comando do 9° Distrito Naval informando que o localizador de emergência da atleta havia sido acionado.
No dia seguinte, pela manhã, a Marinha e mergulhadores do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas.
O trabalho continua na área onde o adolescente apontou que o grupo teria jogado o corpo da vítima.