Vasco tem 10 dias para se explicar à Justiça sobre quebra-quebra em São Januário
O Juizado Especial do Torcedor deu dez dias de prazo, a contar desta sexta-feira (15), para que o Vasco da Gama se defenda da ação civil movida pelo Ministério Público do Estado (MPE) do Rio de Janeiro, que pede o afastamento imediato de Eurico Miranda da presidência do clube e de toda a diretoria.
A ação ingressada nessa quinta-feira (14), com pedido liminar, considerava que eles teriam sido coniventes com a torcida Força Jovem, que tinha permissão do clube para frequentar jogos do Vasco, apesar de estar banida dos estádios, pela Justiça, desde 2014.
Segundo o Ministério Público, a torcida teria provocado a briga generalizada que resultou na morte do torcedor vascaíno David Rocha Lopes, de 27 anos, nas imediações do Estádio de São Januário, em 8 de julho, em um jogo contra o Flamengo.
Em sua decisão, o juiz Guilherme Schilling, ressaltou que era preciso ouvir o Vasco antes de tomar qualquer decisão preliminar sobre o caso.
A denúncia afirma que apesar do banimento da Força Jovem, o Vasco contratou alguns de seus integrantes para atuarem como seguranças particulares em eventos esportivos, em São Januário.
Isso, de acordo com a denúncia, pode ter contribuído para a confusão que ocorreu após a partida, já que torcedores conseguiram entrar com muitos objetos e bombas que foram arremessados contra outros torcedores, policiais e jornalistas.
Em nota, a diretoria do Vasco da Gama disse que recebeu com perplexidade a notícia e afirmou que “não é novidade que um membro do Ministério Público tem se aventurado em ações absolutamente precipitadas”.
O clube afirmou que o pedido de afastamento se baseia em questões pessoais e políticas, ressaltando que Eurico Miranda deve lançar sua candidatura à reeleição no Vasco.
Ainda segundo a nota, o clube, quando efetivamente intimado a se manifestar, vai demonstrar o “absurdo” por trás do que eles chamaram de “manobra”.



