Mané Garrincha teve superfaturamento de caminhão de entulho e pedreiro fantasma
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) encontrou mais irregularidades nas reformas do Estádio Nacional Mané Garrincha. A investigação apontou que o prejuízo para as contas do Distrito Federal ultrapassa R$ 291 milhões.
O processo faz parte da terceira etapa da auditoria feita no Mané Garrincha e abrange o período entre julho de 2011 e dezembro de 2012. Em fases anteriores, o TCDF levantou um prejuízo de R$ 67 milhões.
Há irregularidades nas obras, como o superfaturamento de gastos com viagens de caminhão de entulho. Outro problema foi a insuficiência de funcionários, como engenheiros e pedreiros, que constavam na folha de pagamento mas não chegaram a trabalhar durante a construção da arena.
Isso atrasou o cronograma da construção para a Copa do Mundo de 2014 e causou prejuízos aos cofres públicos. Segundo os dados da auditoria, mais de R$ 28 milhões foram descontados irregularmente para o pagamento de trabalhadores.
O Mané Garrincha, inaugurado em 2013, ainda não foi pago. O balanço atual ultrapassa R$ 1,5 bilhão de dívidas, que podem aumentar, ainda, em R$12 milhões. A construção também é alvo de denúncias investigadas pela Operação Lava Jato.