O presidente Michel Temer sancionou a lei que torna crime hediondo a posse e o porte de armas de uso exclusivo das Forças Armadas, como fuzis e metralhadoras. A publicação será nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, durante assinatura de contrato de financiamento da Caixa Econômica Federal com o município do Rio de Janeiro.
O prefeito Marcelo Crivella, autor do Projeto de Lei na época que era senador, pediu no evento que Temer fizesse a sanção.
O assunto está ligado à crise de segurança do Rio de Janeiro, que tem as Forças Armadas atuando em operações nas favelas da capital. O presidente Temer falou em discurso que segurança pública é uma das prioridades do governo federal, lamentou a morte do comandante do Terceiro Batalhão da PM do Rio de Janeiro, assassinado nessa quinta, e opinou sobre o tratamento que deve ser dado a criminosos.
O evento ocorre um dia depois da vitória de Temer na Câmara, onde 251 deputados votaram por não autorizar o Supremo Tribunal Federal a investigar o presidente da República e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também esteve no local mas o evento foi fechado para a imprensa, transmitido apenas pelo Facebook. Michel Temer afirmou esperar que a crise política se encerre com a votação desta quarta-feira, e enumerou o que considera conquistas de seu governo.
No evento desta quinta-feira, foi assinado contrato para que a Caixa Econômica Federal empreste 652 milhões de reais para que a prefeitura do Rio de Janeiro invista em infraestrutura. Quase 200 milhões de reais vão ser destinados a obras na região portuária do Rio, como para a demolição do viaduto da Perimetral e a construção do Reservatório de água do Morro do Pinto.