DF completa um ano de racionamento de água sem previsão do fim do desligamento das torneiras
Há exatamente um ano, os moradores do Distrito Federal abastecidos pela barragem do Descoberto tiveram que mudar os hábitos de consumo de água. Economizar passou a ser fundamental, pois começava o racionamento. Em 30 de janeiro de 2017, foi a vez das residências e comércios abastecidos pela barragem de Santa Maria.
Para evitar a falta de água, os banhos passaram a ser mais rápidos, a limpeza das casas mais econômicas, a lavagem de roupas menos frequente. Todo esforço resultou em uma economia de 980 litros por segundo em 2017, de acordo a Caesb.
Apenas no primeiro semestre do ano passado, os moradores do DF reduziram, em média, 16% do consumo. O SIA (região administrativa de Brasília) foi o campeão de economia. Lá, o consumo caiu quase 20%. No Lago Sul, as casas reduziram as contas em mais de 19%, seguidas por Santa Maria e Lago Norte.
Taguatinga, onde a cabeleireira Paula Macedo mora e trabalha, ficou em oitavo lugar na redução do consumo. Os moradores da cidade diminuíram o gasto de água em quase 14% - e Paula fez sua parte.
O engenheiro civil da UnB, especialista em recursos hídricos, Sérgio Koide acredita que o racionamento foi um passo importante para a segurança hídrica do DF.
Além do corte de 24 horas no fornecimento de água, a Caesb investiu mais de R$ 133 milhões em 12 obras para aumentar a captação dos recursos hídricos no DF. O presidente da companhia, Maurício Ludovice, detalha as medidas.
Mesmo após a elevação do nível dos reservatórios no Distrito Federal, que chegaram a 5% em novembro do ano passado, e hoje estão em mais de 30%, não existe prazo para o fim do racionamento.