O Ministério Público Federal (MPF) do Rio quer que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região julgue com urgência os recursos das defesas do ex-governador Sérgio Cabral e da mulher Adriana Anselmo, no processo para a venda antecipada dos bens bloqueados do casal.
Na avaliação do MPF, a notícia veiculada recentemente de deterioração do imóvel do em Mangaratiba, na região da Costa Verde, torna necessária uma resolução rápida desse caso, com o julgamento dos recursos em curto prazo.
Entre os oito bens retidos por ordem judicial, estão a casa no condomínio Portobello, em Mangaratiba, uma lancha, três automóveis e um jet ski avaliados em mais de R$ 12,5 milhões.
O Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região enviou o pedido, para que os recursos sejam pautados, para o desembargador federal Abel Gomes, que é o relator dos processos da força-tarefa Lava Jato no Tribunal.
O desembargador suspendeu o leilão, determinado pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, até que os recursos da defesa sejam julgados.
Os advogados de Cabral e Adriana questionam o descumprimento de requisitos legais pelo leiloeiro designado.
Sobre as alegações da defesa de Cabral, de que não haveria relação entre os bens retidos e os crimes pelos quais o réu foi denunciado e até condenado, o MPF afirmou que não há dúvida de que os bens são produtos do crime. O julgamento caberá à 1ª Turma do TRF2, após ser pautado a pedido do relator.