Religiões de matriz africana foram os maiores alvos de intolerância em 2017 no Rio
Um dia depois da comemoração pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância religiosa, balanço de casos registrados no Rio de Janeiro no ano passado, traz um panorama do problema no estado.
Pelo menos uma pessoa foi atacada por semana, em 2017, por professar a sua fé, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos.
Ao todo 67 vítimas foram atendidas pela equipe da Secretaria. As religiões de matriz africana foram as maiores vítimas da intolerância no último ano, respondendo por mais de 70% cento dos casos.
A maioria dos registros é por discriminação , seguido por depredação de templos e Difamação.
A capital lidera o ranking da intolerância religiosa com mais de 43% dos casos, seguida do Município de Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, que registrou 14% das ocorrências.
Foi lá que em agosto uma idosa de 65 anos foi agredida com uma pedrada.Esses casos de agressões verbais e físicas correspondem a 6% dos registros. 12% dos casos ocorreram em ambiente virtual.
Nesta terça-feira, ainda em celebração ao Dia de Combate a Intolerância, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos vai apresentar o Plano e o Conselho Estadual de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa no 1º Diálogo Inter-religioso, que acontecerá no Santuário Cristo Redentor.
Ao longo deste ano, a secretaria informou que vai promover outras edições do Diálogo Inter-religioso, em diversos templos do Rio de Janeiro.