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Trabalhadores dos Correios em greve são contra mudança no plano de saúde

Greve
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Sayonara Moreno
12/03/2018 - 20:46
Brasília

Desde a noite deste domingo, os trabalhadores dos Correios estão de braços cruzados, em greve aprovada na última sexta-feira. A assembleia da categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado em todo o Brasil.

 

Segundo a FENTECT, Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos, a categoria é contra as alterações nos planos de cargos e carreiras, a terceirização na área de tratamento e a privatização da estatal.

 

O secretário-geral da federação, José Rivaldo, explica que faltam mais de 40 mil trabalhadores nos Correios de todo o país, e que mais de vinte mil pessoas saíram da empresa, por meio do plano de demissão voluntária. Ele relata as principais reivindicações da categoria.

 

De acordo com a federação, além de receber um dos salários mais baixos das empresas do governo, os trabalhadores terão que arcar com mensalidades no plano de saúde e a retirada de dependentes, como filhos, cônjuges e pais. A FENTECT informou, ainda, que o benefício pode ser reajustado conforme a idade, com mensalidades que podem chegar a R$ 900.

 

Em nota, os Correios consideram a atual greve dos funcionários como injustificada e ilegal, porque alegam que não houve descumprimento do acordo coletivo. A empresa explicou, ainda, que a decisão sobre o plano de saúde está nas mãos do TST, Tribunal Superior do Trabalho, porque a proposta inicial não foi aceita pelos trabalhadores.

 

Os Correios informaram que, até a tarde desta segunda-feira, todas as agências que aderiram ao movimento estiveram abertas e em funcionamento.

 

Os Correios alegaram, na mesma nota, que “enfrentam uma grave crise financeira”, causada pela queda no volume de correspondências e pelo monopólio, além da falta de investimentos nos últimos anos. A greve dos trabalhadores foi agendada para começar nesta segunda-feira, porque é a data em que o TST deve julgar o plano de saúde.

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