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Enterrado jovem morto em operação policial na Maré; mãe diz que processará o Estado

Rio de Janeiro
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Fabiana Sampaio
22/06/2018 - 07:38
Rio de Janeiro

Foi sepultado no início da noite dessa quinta-feira (21), no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio, o corpo do estudante Marcus Vinícius da Silva.


O jovem de 14 anos foi atingido por disparos quando estava a caminho da escola da rede municipal, no Complexo de Favelas da Maré, na quarta-feira (20), durante operação coordenada pela Polícia Civil.


O corpo foi velado no Palácio da Cidade, uma das sedes do Executivo municipal, a pedido do secretário de Educação do município, Cesar Benjamin.


Um ônibus levou amigos e colegas de escola para se despedir do jovem. Na saida do velório, eles protestaram gritando que muitos tiros foram em direção às ruas e disparados do alto. A família carregava a blusa do uniforme do jovem, ainda manchada de sangue.


A mãe de Marcos Vinicius, Bruna Silva, voltou a afirmar que o filho foi alvejado por um blindado e que o socorro do estudante foi prejudicado pela demora da entrada da ambulância na comunidade, que teria sido dificultada por policiais.


A família vai acionar a Justiça contra o Estado.


O prefeito Marcelo Crivella esteve presente no velório e disse que é preciso rever os procedimentos e ter mais ações de inteligência para que se evite mortes de inocentes. De acordo com Crivella, a prefeitura tomou conhecimento de que haveria uma operação após as crianças entrarem na escola.


Crivella acrescentou que o secretário municipal de Educação e o secretário de Segurança estiveram em contato trocando informações, o que teria evitado outras mortes.


Crivella pediu rigor na perícia e disse que não há na sua fala nenhuma crítica ao Exército, que comanda a intervenção federal no Estado.


Em evento durante a manhã, o governador Luiz Fernando Pezão, também comentou a morte do estudante.


O diretor da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que acompanha mortes de crianças e adolescentes por tiro, no Estado, avalia como inaceitável mais esse episódio e cobra mudanças nas operações.


Além de Marcus Víncius, outras sete crianças e adolescentes morreram por tiro, no Rio de Janeiro, este ano.


Procurada, a Polícia Civil não se posicionou sobre as acusações da mãe do adolescente. Em nota, a instituição informou que a Delegacia de Homicídios da Capital investiga as circunstâncias da morte de Marcus Vinicius.


A nota informa que a perícia do local foi realizada e que está prevista uma reconstituição para determinar de onde partiu o tiro que atingiu o estudante. A delegacia garantiu rigor nas investigações.

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