Mais uma criança, dessa vez de 10 anos, morreu com suspeita de raiva humana no Pará. Já são 11 mortes relacionadas a doença no estado, desde o início do ano.
A criança faleceu na tarde de sexta-feira (1º). Ela estava internada no Hospital Santa Casa, em Belém.
A Secretaria de Saúde do Pará informou que foi realizada a coleta de sangue do paciente, mas ainda não saiu o resultado do exame confirmando o diagnóstico de raiva humana.
Até o momento, sete casos de raiva humana foram confirmados em laboratório, dos 14 notificados em Melgaço, município localizado no arquipélago do Marajó.
Das sete pessoas confirmadas, seis morreram e uma permanece internada. Algumas das mortes não puderam ser confirmadas em laboratório porque não foi feita a coleta de sangue.
Um paciente ainda segue internado com suspeita da doença, em estado grave, no Hospital Regional de Breves, no Marajó.
O paciente tem quadro semelhante aos demais, com sintomas como febre, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor abdominal e sinais neurológicos como convulsão, desorientação e sensibilidade a sons.
Esses sintomas aparecem devido à proliferação do RNA vírus do gênero Lyssavirus, no sistema nervoso, via corrente sanguínea.
A raiva humana é transmitida por mordida, lambida ou arranhões provocados por um animal infectado, geralmente morcegos.
No ano passado, duas crianças de uma mesma família morreram de raiva humana no Amazonas após serem mordidas por um morcego hematófago, ou seja, que se alimenta de sangue.
Um irmão das crianças sobreviveu, com graves sequelas. A raiva humana é uma doença de difícil tratamento e a principal forma de prevenção é a vacina, que não está prevista no calendário obrigatório.
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