Investigação sobre morte de Marielle não será afetada, diz chefe da Divisão de Homicídios
O chefe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Fabio Cardoso, garantiu que a mudança dos promotores responsáveis pelo caso Marielle não vai afetar o andamento dos trabalhos.
Nesta quarta-feira, Cardoso participou de uma reunião com a nova promotora responsável pelo caso, Letícia Petris, e com os deputados que compõem a comissão externa da câmara para acompanhar as investigações.
Letícia Petris vai substituir, a partir do dia 1º de setembro, o promotor Homero das Neves Freitas porque ele foi promovido a procurador.
A morte de Marielle Franco e Anderson Gomes também passará a ser investigada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado e com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência.
Ambos conduzem diversas investigações sobre grupos criminosos ligados ao tráfico e à milícia, mas também compostos por agentes políticos.
De acordo com o subprocurador-geral de Justiça, Eduardo Lima Neto, a mudança foi decidida pela própria promotora.
Uma possível federalização das investigações também foi discutida na reunião, e os parlamentares afirmaram que ainda vão discutir um requerimento apresentado por um dos membros, pedindo que a Polícia Federal e a Justiça Federal assumam o caso.
No entanto, tanto o Ministério Público, quanto a Polícia Civil rejeitaram o deslocamento de competência, além de reafirmar que o estado tem condições e está empenhando todos os esforços para desvendar o crime. E já conta com a colaboração da PF.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros na noite do dia 14 de março. Até o momento, nem os executores. nem os mandantes foram descobertos;