A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) deflagraram operação conjunta para desarticular uma quadrilha de traficantes que também são especializados em roubo de cargas.
O objetivo dos agentes é cumprir 37 mandados de prisão preventiva e, até o fim da manhã, 23 pessoas tinham sido presas.
Entre os denunciados há chefes do tráfico, assaltantes, seguranças privados, motoristas e batedores.
Eles vão responder pelos crimes de associação para o tráfico e financiamento do tráfico, por meio dos roubos de carga.
De acordo com as investigações, a quadrilha de traficantes praticava o roubo de cargas como forma de conseguir dinheiro para financiar a compra de armas e drogas.
Ainda segundo as apurações, o grupo teria apoio bélico e financeiro de facções criminosas do Rio e de São Paulo, e o prejuízo causado pelos roubos foi de cerca de R$ 600 milhões.
Para praticar os crimes, os bandidos utilizavam armamento pesado como fuzis, pistolas de uso restrito e granadas, além de uniformes da polícia, bloqueadores de GPS para impedir o rastreamento dos caminhões e veículos batedores para prevenir abordagens policiais.
A quadrilha também aliciava motoristas de empresas de transporte, que forneciam informações privilegiadas sobre os carregamentos.
A base do grupo é a comunidade conhecida como Cidade Alta, no bairro de Cordovil, na zona norte do Rio, mas eles também atuavam em parceria com traficantes de comunidades das zonas norte e oeste da capital, da região metropolitana e de municípios da Região dos Lagos.
Eles se beneficiavam do controle territorial imposto pelos traficantes para fazer a descarga e venda das mercadorias nas próprias comunidades.
