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Presídios do Paraná estão em alerta para evitar novas fugas em massa

Paraná
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Sayonara Moreno
12/09/2018 - 17:09
Brasília (DF)

Após a fuga e as ações de resgate de quase 30 presos de alta periculosidade na madrugada da última terça-feira (11), no Presídio Estadual de Piraquara, no Paraná, os órgãos de segurança estão em alerta, porque a situação pode se repetir.

 

Até o momento, apenas quatro foragidos foram recapturados. Segundo o secretário especial de administração penitenciária do Paraná, Élio Oliveira, esse tipo de fuga já aconteceu no estado, em janeiro de 2017, e desperta a atenção das autoridades. Mas, argumenta que poderia ter sido pior.

 

Entre os fugitivos da unidade prisional que fica na região metropolitana de Curitiba, estavam integrantes de facções criminosas de alta periculosidade, com ramificações pelo país.

 

A situação do Paraná é semelhante à fuga em massa que ocorreu na última segunda-feira (10), na Paraíba, onde mais de noventa homens fugiram da penitenciária de segurança máxima Romeu Gonçalves Abrantes, em João Pessoa.

 

O promotor de justiça do Ministério Público do Paraná, André Glitz, explica que a presença de membros de facções criminosas trazem risco à região onde estão presos.

 

Por outro lado, o secretário de administração penitenciária, Élio Oliveira, argumenta que, apesar disso, o estado tem conseguido conter o quadro de violência provocado pelas facções, fora dos presídios.

 

Em relatório divulgado nesta terça-feira, sobre a situação prisional do Paraná, a Comissão do Sistema Prisional do Conselho Nacional do Ministério Público apontou que, no estado, um a cada três presos está nas delegacias, inclusive condenados.

 

O promotor de justiça do Ministério Público do Paraná, André Glitz, da área de execuções penais, fala que manter essas pessoas em delegacias gera, pelo menos, três grandes problemas.

 

Segundo o secretário de administração penitenciária, Élio Oliveira, a política de manter presos em delegacias existe há cerca de 30 anos no estado e que para reverter essa situação, é preciso tempo e investimento.

 

Além da manutenção dessas pessoas em locais inadequados, o Paraná enfrenta o problema da superlotação. O relatório mostra que faltam quase cinco mil vagas em presídios e delegacias no estado. Mas a administração penitenciária do estado informa que, se levar em conta a retirada de presos das delegacias, o déficit sobe para mais de dez mil vagas.

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