Enquanto a mídia em geral se ocupa dos números que traduzem a preferência do eleitorado brasileiro por candidatas e candidatos nas eleições 2018, Viva Maria se apressa em recomendar o acompanhamento de pesquisas que têm a ver com a participação das mulheres na política rumo ao poder.
Já está no ar o Observatório da Plataforma da igualdade 5050, lançado pela ONU Mulheres, na última sexta feira (14), na Casa da ONU, em Brasília. Para além da divulgação daquela pesquisa de opinião pública que já foi devidamente avaliada por Jacira Melo, do Instituto Patricia Galvão, no nosso programa de terça-feira, sobre mulheres na política e o interesse da sociedade brasileira por políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança pública e transporte público, em http://www.generonumero.media/observatorio-5050/, há uma série de artigos que merecem, no mínimo, nossa reflexão.
A organização Gênero e Número, a partir de um levantamento recente, mostra, por exemplo, que, de 82 candidaturas com até 1 voto em 2016, 60 são mulheres. A votação zerada é um indício das chamadas candidaturas laranjas.
Outro dado no mínimo curioso: donas de casa que tiveram 1 ou 2 votos em 2016 reaparecem como candidatas neste ano. Mas para Luciana Lóssio, jurista brasileira que foi ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive como a primeira mulher a ocupar a vaga destinada aos juristas, e que atualmente é conselheira do Conselho Nacional de Direitos Humanos, toda essa questão se deve ao fato de que, agora, nós mulheres somos as “viúvas ricas” das eleições. Vamos ouvi-la.
A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Débora Duprat, concorda com a ex-ministra e afirma que nada será como antes depois das eleições deste ano.
Por tudo isso recomendamos uma visita ao site http://www.generonumero.media/observatorio-5050. E quem reforça o convite é Giuliana Bianconi, diretora da Gênero e Número.
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.
