Operação Sangria prende servidores da saúde que estariam fraudando licitações em Cuiabá
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Huark Douglas Correia e outras seis pessoas foram presas preventivamente, nesta terça-feira (18), na capital matogrossense. O diretor de Gestão da Secretaria de Saúde, Flávio Taques, está foragido.
Eles são acusados de atrapalhar as investigações que apuram a existência de monopólio da saúde no estado. Um servidor da prefeitura está foragido.
Os alvos da segunda fase, entre eles três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, estariam atrapalhando as investigações em curso dentro da Operação Sangria, como explica a delegada Maria Alice Amorim.
Sonora: “Essa operação tem como objetivo segregar pessoas que estriam escondendo, rasgando documentos, deletando computadores e coagindo testemunhas exatamente para esconder ou dificultar o trabalho da Justiça, o trabalho de apuração. Muitas denúncias vieram ao conhecimento desta delegacia e demonstram o efetivo domínio dessa organização criminosa dentro do serviço de saúde de Mato Grosso. Hoje, o cidadão está carente de saúde em razão da má utilização dela.”
A ação é desdobramento de apuração feita pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, que resultou na expedição de 11 mandados de busca e apreensão expedidos ainda no começo do mês para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados entre o governo de Mato Grosso e a prefeitura de Cuiabá com as empresas Proclin, Qualycare e Prox Participações.
De acordo com a Polícia Judiciária, a organização criminosa mantém influência dentro da administração pública para desclassificar concorrentes e favorecer empresas envolvidas.
A reportagem não conseguiu contato com as empresas Proclin, Qualycare e Prox Produções. Também não foi possível contato com o ex-secretário Huark Correia e o diretor de Gestão da Secretária de Saúde, Flávio Taques.
Por meio de nota, a prefeitura de Cuiabá informou que o prefeito Emanuel Pinheiro determinou que o secretário de Saúde interino, Luiz Antônio Possas, colabore com as investigações e coloque à disposição todos os documentos solicitados.
O secretário, que também é procurador, informou que a operação se trata de denúncia de supostas irregularidades de empresas prestadoras de serviço de gestões passadas, mas que acompanha o caso e está à disposição das autoridades.