O vereador Marcelo Siciliano, do PHS, convocou uma coletiva de imprensa neste sábado (15) para rebater, mais uma vez, as acusações de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, do Psol, e do motorista Anderson Gomes, além de questionar a atuação da Polícia Civil que apura ilegalidades imputadas à ele relacionadas à grilagem de terra.
Ele foi alvo de mandados de busca e apreensão nessa sexta-feira (14). Policiais civis foram até a casa do vereador, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde apreenderam um tablet, computador e documentos, e também em seu gabinete na Câmara dos Vereadores.
Os mandados foram expedidos no âmbito de uma investigação a cargo da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente sobre posse irregular de terras na zona oeste do Rio, que pode estar relacionada com o caso Marielle.
Siciliano se apresentou voluntariamente na Cidade da Polícia, também nesta sexta-feira (14), para prestar esclarecimentos.
Ele pediu durante a coletiva de imprensa deste sábado (15) a federalização da investigação do assassinato e afirmou que está sendo usado como bode expiatório. Disse ter receio de também ser assassinado e que vai avaliar um pedido de proteção.
Siciliano desacreditou uma das linhas de investigação em curso, revelada pelo Jornal O Globo, que tem como base o depoimento de uma testemunha que afirmou que o vereador teria planejado a morte de Marielle ao lado do ex -policial militar preso Orlando Curicica reforçando que não há provas.
O assassinato de Marielle e Anderson completou na última sexta-feira 9 meses sem esclarecimentos.
Nesta semana veio a tona também uma interceptação da Polícia Civil de um plano para assassinar o atual deputado estadual e deputado federal eleito Marcelo Freixo, colega de partido e amigo de Marielle.
O planejamento seria executado por milicianos neste sábado (15) durante uma atividade programada de Freixo com professores em Campo Grande, na zona oeste do Rio.