O compositor Marcelo Yuka, fundador da banda O Rappa, morreu no fim da noite dessa sexta-feira (18), no Hospital Quinta D'or, zona norte do Rio de Janeiro, onde ele estava internado em estado grave, após sofrer um acidente vascular cerebral no início deste ano.
O corpo do músico foi velado na Sala Cecília Meirelles, no bairro da Lapa, região central da capital fluminense.
Yuka, que nasceu no Rio, tinha 53 anos e era cadeirante desde o ano 2000, quando levou nove tiros e ficou paraplégico, ao tentar impedir um assalto. A partir do episódio, ele aumentou a participação em iniciativas de inclusão social por meio da música.
Ele integrou O Rappa de 1993 a 2001, atuando como baterista e compositor. Entre as letras que se tornaram sucesso estão Minha Alma, Me Deixa, Pescador de Ilusões e O Que Sobrou do Céu. Após deixar o grupo, o músico fundou a banda F.UR.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), em 2004.
Na política, foi filiado ao PSOL e chegou a concorrer como vice-prefeito do Rio de Janeiro, em uma chapa com Marcelo Freixo, em 2012.
Pelas redes sociais, amigos, artistas e políticos lamentaram a morte do ex-baterista. Freixo foi um dos que usou a internet para falar do amigo, ressaltando que mesmo com todas as limitações e sofrimentos, o compositor nunca deixou a alegria desaparecer.
Outro político que também prestou homenagens foi o ex-senador Eduardo Suplicy, destacando os temas como a violência, racismo e desigualdades sociais presentes nas letras deixadas por Marcelo Yuka.
No cenário musical, diferentes artistas fizeram agradecimentos ao músico, entre eles, Maria Rita, Marcelo D2, Bnegão, Marisa Monte, Elza Soares, e muitos outros.
Yuka já vinha sofrendo de problemas de saúde desde agosto do ano passado, quando teve o primeiro AVC.