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Acusados de matar Marielle prestam depoimento sobre posse ilegal de armas

Investigação
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Lígia Souto
13/03/2019 - 18:25
Brasília

Os suspeitos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes prestaram depoimento, nesta quarta-feira (13), sobre à acusação de posse ilegal de armas de uso restrito.

 

A Polícia Civil do Rio informou não ter dúvidas de que os 117 fuzis encontrados em uma casa no Méier, na zona norte, pertenciam ao sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa.

 

No caso do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, o auto de prisão em flagrante foi lavrado pelo porte de duas pistolas em situação irregular.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio, Lessa teria atirado nas vítimas, e Élcio era quem dirigia o veículo usado na emboscada. Além deles, Alexandre Motta, que mantinha os fuzis em casa também está preso, sob suspeita de tráfico de armas.

 

Após os depoimentos na Delegacia de Homicídios da capital fluminense, onde eles estão detidos desde esta terça-feira (12), Ronie e Élcio participam de uma audiência de custódia, prevista para esta quarta (13).

 

Em seguida, retornam a DH para serem, então, interrogados sobre o caso Marielle.

 

Concluídos os depoimentos, de acordo com a Polícia Civil, eles serão transferidos para uma unidade do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

 

As defesas de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz voltaram a negar o envolvimento dos dois nos assassinatos.

 

O advogado de Ronnie Lessa, Fernando Santana descartou a possibilidade uma delação premiada.

 

Já o advogado de Elcio Queiroz, Henrique Telles, afirmou que possui provas testemunhais que comprovam que, no momento do crime, seu cliente estava em outro local.

 

Nesta quarta-feira (13), a Polícia Civil deu continuidade a operação Lume.

 

Agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas que teriam ligação com Ronie Lessa e Élcio Queiroz.

 

Os mandados foram cumpridos para dar sequência à segunda fase da investigação que busca achar o mandante da execução.

 

Seis pessoas foram espontaneamente até a delegacia para prestar depoimentos.

 

Entre elas, três policiais militares, um bombeiro e dois empresários.

 

Eles foram ouvidos e liberados em seguida.

 

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