Davi Araújo Teixeira tem 18 anos e há um começou a trabalhar como Jovem Aprendiz no setor administrativo de uma instituição de ensino.
A decisão de procurar a vaga de aprendiz veio quando terminou o ensino médio.
O primeiro salário foi usado para comprar o celular do jeitinho que ele queria.
Davi vive com os pais na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, e a satisfação veio mesmo quando ele começou a ajudar com as contas de casa.
O jovem, que também se dedica à música, acabou se apaixonando por uma nova carreira e começou a fazer faculdade de Administração. Contando salário e a bolsa de estudos que usa para pagar a faculdade, ele recebe pouco mais de um salário mínimo.
Segundo uma pesquisa realizada pelo CIEE, o Centro de Integração Empresa-Escola, Davi resume bem o perfil dos jovens aprendizes do país.
O estudo mostra que oito a cada 10 jovens empregados no sistema de jovem aprendiz ajudam financeiramente a família.
Quatro a cada 10 moram em bairros de baixa renda.
Segundo a Supervisora de Planejamento e Controle de Atendimento do CIEE, Maria Auxiliadora, mais de 1/3 do que os jovens recebem vai reforçar a renda da família.
Metade dos jovens que vai atrás de uma vaga de aprendiz faz isso por achar que é uma forma de abrir as portas do mercado de trabalho. E, de fato, um a cada quatro, consegue um emprego fixo.
A pesquisa foi feita pelo instituto Datafolha e ouviu 1,8 mil jovens de todo país.