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Governo do Amazonas suspende visitas em unidades prisionais após mortes no Compaj

Compaj
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Renata Martins
27/05/2019 - 13:02
Brasília

As visitas ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, estão suspensas por 30 dias. A medida, anunciada nesta segunda-feira (27), pela Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas, ocorre após o massacre dentro da unidade prisional, nesse domingo (26).

 

Uma briga entre detentos resultou na morte de 15 presos, durante o horário da visita de parentes. Os detentos foram mortos por asfixia ou por perfurações, causadas pelo uso de stocks feitos com escova de dentes.

 

Não houve fugas, nem rebelião. Os parentes foram retirados da unidade. Nenhum familiar ficou ferido.

 

Outras quatro unidades prisionais também tiveram as visitas suspensas por quinze dias. São elas: a Unidade Prisional do Puraquequara, a de Itacoatiara, o Ipat - Instituto Penal Antônio Trindade e o Centro de Detenção Provisória I de Manaus.

 

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, a determinação foi por medidas de segurança.

 

O secretário da pasta, coronel Marcus Vinícius de Almeida, destaca que os criminosos têm uma regra de não matar durante a visita de familiares. Foi a primeira vez que isso aconteceu no Amazonas. Os crimes foram cometidos na frente dos familiares.

 

Nas unidades femininas e o Centro de Detenção Provisória de Manaus II, as visitas estão mantidas, sem alteração.

 

Para o defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa, a suspensão das visitas pode evitar que esse tipo de episódio repercuta em outras unidades prisionais.

 

Todos os mortos já foram identificados: são detentos do regime fechado, do sexo masculino, com idade entre 21 e 42 anos.

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