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Polícia Civil do DF investiga fraude em apuração de ingressos de partidas de futebol

Operação Episkiros
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Michelle Moreira
26/05/2019 - 15:22
Brasília

A Polícia Civil do Distrito Federal alega que não é possível ainda estimar os prejuízos causados ao Erário público pelo grupo criminoso acusado de fraude na realização de partidas de futebol.

 

As investigações começaram em 2017 e se estendem para outras unidades da Federação; entre eles Paraná e Espírito Santo.

 

A operação, batizada de Episkiros, levou à prisão temporária, neste sábado, do empresário do ramo de futebol e ex-jogador do Palmeiras e da seleção brasileira, Roniéliton Santos, o Roni, e do presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos.

 

A prisão aconteceu durante o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no Mané Garrincha, em Brasília. O prazo da detenção vence na segunda-feira.

 

Os envolvidos estariam à frente de uma empresa de eventos responsável por levar as partidas de futebol para estádios em diferentes partes do país e outra que ficaria com a parte de venda de ingressos.

 

De acordo com a Polícia Civil, os acusados elaboravam boletins financeiros com dados falsos, informando valor menor de arrecadação. Com isso, eram pagos menos impostos.

 

Além de informar um público pagante menor, os acusados ainda estimavam de forma fraudulenta o número de convites cortesia. Foi detectada fraude também no aluguel do estádio que, em Brasília, é calculado a partir da arrecadação total do evento.

 

O delegado Ricardo Gurgel alega que não existem provas de que as federações e clubes estejam envolvidos na prática criminosa.

 

Sonora: "Nesse primeiro momento, nenhuma linha de investigação está sendo descartada. Mas ao que se parece, as federações, principalmente dos clubes mandantes, sem ser as locais, são vítimas e os clubes também. Na maioria das vezes os clubes estipulam um valor fixo pelo jogo em outra praça, com uma cláusula de que se ultrapassar o público, eles recebem um valor a mais”.

 

Ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão, em Luziânia e Goiânia, no Goiás, além do Distrito Federal. Foram alvo das ações as casas dos investigados, empresas, a Federação Brasiliense de Futebol e o estádio Mané Garrincha.

 

Os envolvidos podem ter que responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado e falsidade ideológica.

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