No Dia Nacional da Mata Atlântica, 164 produtores rurais do Rio de Janeiro foram recompensados, por prestação de serviços ambientais na conservação deste bioma.
Os produtores, que juntos receberam cerca de R$ 1 milhãos, alcançaram a recuperação de área equivalente a mais de 2 mil campos de futebol, na bacia do Rio Paraiba do Sul, principal manancial de abastecimento da Região Sudeste.
Eles foram selecionados no primeiro edital, realizado em 2018.
O projeto Conexão Mata Atlântica reconhece e incentiva os produtores que adotam ações de conservação e restauração de floresta nativa e implementam práticas agrícolas sustentáveis, como os sistemas silvipastoril e agroflorestal.
A iniciativa une esforços do governo federal com os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para promover a conservação e recuperação da biodiversidade do bioma e do ciclo do carbono na bacia do Rio Paraíba do Sul.
Os recursos são do Fundo Global do Meio Ambiente, por meio do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Entre as exigências do projeto está a aplicação das recompensas nas atividades econômicas das propriedades e no aprimoramento dos negócios rurais integrados às boas práticas ambientais.
A produtora de café e leite Zuraide de Figueiredo Guedes, que junto com a irmã herdou duas propriedades dos pais, classifica o projeto como excelente, por ajudar os proprietários rurais nesse trabalho de preservação.
O cheque simbólico, do Pagamento por Serviço Ambiental, foi entregue aos agricultores pelo governador Wilson Witzel durante evento no Museu do Amanhã, no centro da capital.
O governador afirmou que a biodiversidade é essencial para o desenvolvimento do estado e que os agricultores demonstraram que é plenamente possível promover atividade de produção agropecurária e, ao mesmo tempo, conservar os recursos naturais.
Witzel afirmou que está incentivando o turismo rural no Rio de Janeiro.
No estado do Rio de Janeiro, o projeto Conexão Mata Atlântica abrange seis microbacias localizadas em áreas estratégicas para a manutenção dos fragmentos florestais e preservação dos recursos hídricos que compõem as regiões hidrográficas do Rio Paraíba do Sul.
Até a conclusão do projeto, previsto para 2021, a meta é alcançar 1.500 hectares de conservação de floresta nativa, 750 hectares de restauração florestal e 1.500 hectares de conversão produtiva.




