MPF no Rio de Janeiro denuncia empresa por suspeita de despejo de chorume no rio Iguaçu
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro denunciou a empresa Gás Verde, por suspeita do despejo de chorume, material resultante da decomposição do lixo, em um rio que deságua na Baía de Guanabara.
A empresa é responsável pelo manejo do biogás no antigo Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Em nota distribuída à imprensa, o MPF sustenta que pescadores da região denunciaram que o chorume, material resultante da decomposição de lixo, estaria sendo lançado diretamente ao Rio Iguaçu e desemboca na Baía de Guanabara.
Segundo a denúncia, o chorume, passa por tubulações gigantescas, por meio de uma vala com dezenas de metros, camuflada por plantas na margem.
O MPF alega que a Gás Verde assumiu a responsabilidade, por concessão, pelo aterro, que seria desativado em 2012, para explorar o gás metano gerado na decomposição do lixo e que a empresa violou condição específica de licença ambiental, deixando de adotar medidas de precaução.
Ainda, segundo o MPF, o vazamento causa poluição em níveis que resultam ou podem resultar em danos à saúde humana, provocar a mortandade de animais e destruição da flora.
Em nota, a Gás Verde negou que esteja vazando chorume no rio.
A empresa afirmou que as águas são monitoradas por técnicos de uma universidade privada do estado, que divulga os resultados ao INEA, Instituto Estadual do Ambiente.
Segundo a nota, as análises comprovam que não há vazamento de chorume do aterro e que a empresa vem cumprindo os prazos e obrigações estabelecidos em Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o INEA para adequação do controle ambiental do aterro.
Com informações da Agência Brasil.