No futebol nada é melhor do que uma vitória para aplacar a crise. No último domingo, os comandados de Eduardo Barroca superaram, por 2 a 1, o Atlético-MG. 12 mil torcedores compareceram ao Estádio Nilton Santos para apoiar o time, que sofre com atrasos de salários de jogadores e funcionários.
“Essa vitória, para mim, tem uma importância a mais pelos funcionários do Botafogo. Na quinta-feira estava chovendo muito no treino, e o Átila, um dos nossos massagistas, um senhor com idade para ser meu pai, estava servindo água, atento. Esses são indicativos de que a gente pode ir longe na competição, mesmo diante das dificuldades que estamos vivendo”.
O treinador Eduardo Barroca, em vez da sala de imprensa, concedeu a coletiva aos jornalistas na chamada zona mista.
“Foi uma decisão do departamento de futebol que eu acatei. Todos nós estamos juntos neste cenário que estamos passando. Eu preciso estar aqui diante de vocês e dos torcedores do Botafogo para preservar o lado esportivo, que é minha função, para que a gente a saia deste cenário administrativo-financeira através de boas partidas e vitórias”.
Em décimo lugar no campeonato, com 26 pontos, o Botafogo fecha o primeiro turno do Brasileirão contra o Ceará no Castelão. A partida contra o Fluminense pela rodada 23 será em Brasília. Barroca também falou sobre a mudança do local do clássico ‘Vovô’, inicialmente previsto para acontecer no Estádio Nilton Santos.
“Aquilo que não controlo, não posso desenvolver uma linha de raciocínio. Não sou eu o responsável por honrar os compromissos, então cabe a mim, dentro das circunstâncias, trabalhar em nossa plenitude, cobrar o máximo dos jogadores, estar ao lado deles”.
