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Presídios federais vão receber envolvidos em ataques criminosos no Ceará

Transferência de Detentos
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Renata Martins
24/09/2019 - 20:52
Brasília

Duzentos e cinquenta e sete detentos serão transferidos do Ceará para presídios federais por participação em onda de ataques no estado.

 

No fim da tarde desta terça-feira, o governador Camilo Santana afirmou que as lideranças que comandam os ataques de dentro do sistema prisional já foram identificadas e vão ser enviadas para presídios federais.

 

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, a transferência tem caráter preventivo e tático. Os presos sairão das unidades de Pacatuba, Quixadá e do Complexo Penitenciário de Aquiraz.

 

Para o governador do estado, os ataques são uma retaliação do crime organizado ao que ele chama de endurecimento no controle dos presídios e cita o corte de comunicações e a punição à atos de indisciplina. Camilo Santana afirmou ainda que já discute com o ministro da Justiça Sérgio Moro a possibilidade do apoio federal para combater os ataques, que ocorrem no estado desde o fim de semana.

 

Por nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que disponibilizou vagas no Sistema Penitenciário Federal para receber líderes criminosos que estejam envolvidos em ações no Ceará. E que o Departamento Penitenciário Nacional aguarda a lista de presos por parte do governo cearense e a autorização judicial. 

 

O estado do Ceará enfrenta mais uma onda de ataques à ônibus, carros e caminhões. Já foram registrados mais de 30 ataques. Uma concessionária de veículos também foi atacada e teve parte da sua frota incendiada. Segundo a Secretária de Segurança Pública, até a noite desta terça-feira, 31 pessoas foram presas acusadas de participação nos incêndios.

 

A ação dos criminosos afetou o transporte público da capital cearense. De acordo com o Sindiônibus, nesta terça-feira, o sistema de transporte conseguiu operar com um percentual de 75%. Em Fortaleza e Região Metropolitana, a frota de ônibus está circulando com o acompanhamento da Polícia Militar.

 

O governo do estado aumentou o número de blitz e o policiamento nas ruas. Para isso, suspendeu as férias dos policiais, determinou o deslocamento dos agentes de segurança dos serviços administrativos para o serviço de patrulhamento e autorizou o pagamento de horas extras para todos os policiais.


No começo do ano, o Ceará também registrou uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos e estações de abastecimento de energia elétrica.

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