Água de comunidades afetadas por rompimento de barragem em MT é encaminhada para análise
A água coletada nas comunidades afetadas pelo rompimento de uma barragem da empresa VM – Mineração e Construção Eireli foi encaminhada para análise laboratorial pela prefeitura de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso, nesta quarta-feira.
A água, usada no consumo humano na região, foi enviada para análise laboratorial na capital, Cuiabá – a 40 quilômetros de Livramento.
A barragem com rejeito de lavra de ouro, situada na Fazenda Tanque Belo, na comunidade de Brejal, se rompeu terça-feira. Não houve mortes, mas cerca de 10 comunidades sofrem com os impactos da lama. Dois funcionários da mineradora que trabalhavam no local foram atendidos no hospital municipal com dores no corpo. Eles foram medicados e liberados.
A estrutura tem altura de 15 metros e volume armazenado de quase 600 mil metros cúbicos. O material escoou por uma área de até dois quilômetros.
De acordo com a Agência Nacional de Mineração, uma equipe mineradora está no local fazendo operações para a construção de uma contenção a fim de evitar que os rejeitos avancem por uma área ainda maior. A Agência interditou e autuou a VM Mineração. A barragem era considerada pela ANM como de baixo risco.
A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso informou que o rejeito da barragem não possui contaminantes. Segundo a secretaria, a lâmina de aproximadamente 10 cm não atingiu a vegetação nativa nem rios da região, e percorreu apenas áreas destinadas à pastagem ou de uso da própria mineradora.
De acordo com a Prefeitura de Livramento, a lama atingiu estradas, prejudicando o deslocamento de pessoas de 10 comunidades.
O empreendimento possui licença de operação válida até julho de 2021 e atua na extração de ouro.
Até o fechamento desta reportagem, a VM Mineração não se pronunciou sobre o rompimento.