Polícia Civil do Rio deflagra ação nas investigações do caso Marielle e Anderson Gomes
A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado (MPE) do Rio de Janeiro deflagraram operação conjunta, nesta quinta-feira (3), no âmbito das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Além do policial militar reformado Ronnie Lessa, que já está preso, acusado de ter executado Marielle e Anderson, são alvos da ação Elaine Lessa, mulher de Ronnie; Bruno Figueiredo, cunhado de Ronnie; Márcio Montavano, conhecido como Márcio Gordo e Josinaldo Freitas, o “Di Jaca”. Eles são suspeitos dos crimes de obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, essas quatro pessoas agiram para ocultar a submetralhadora HK MP5, que teria sido usada para matar Marielle e Anderson. A arma teria sido jogada no mar, próximo às ilhas Tijucas, na zona oeste do Rio de Janeiro, sob o comando de Elaine Lessa.
Segundo as investigações, no dia seguinte ao da prisão de Ronnie, Márcio Gordo teria tirado uma caixa com armas de um apartamento no bairro do Pechincha, na zona oeste do Rio, onde funcionava a oficina de montagem de armas da quadrilha de Ronnie.
Um dia depois, Márcio Gordo teria levado essa caixa até “Di Jaca”, que havia contratado o serviço de um taxista para transportá-los até o Quebra-Mar da Barra, onde eles pegaram um barco que os levou para o alto mar. Já Bruno Figueiredo teria ajudado Márcio Gordo na execução do plano.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a ação foi relatada por um pescador que foi contratado por “Di Jaca”. Ele afirmou ter recebido R$ 300 para levar os suspeitos até o local onde a caixa foi jogada no mar.
A Polícia Civil, com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, ainda chegaram a realizar buscas na área, mas nada foi encontrado devido à grande profundidade e turbidez da água que dificultaram o trabalho.
