Banhistas do Rio tietê sofrem com ataques de piranhas no interior de São Paulo. Os ataques começaram em novembro do ano passado na cidade de Pereira Barreto, próxima à foz do rio Tietê.
De lá para cá foram registrados cerca de 30 casos. A maior parte dos ferimentos foram nos pés das pessoas. Uma mulher chegou a perder parte de um dedo. Os casos se concentram na prainha do Pôr do Sol, uma praia de águas doces muito procurada pelos turistas durante o verão.
Apesar das piranhas serem uma espécie nativa do Rio Tietê, há mais de 20 anos não eram registrados ataques na região. Para Giusseppe Puorto, diretor do museu biológico do Instituto Butatan, a situação demonstra algum tipo de desequilíbrio ambiental.
Entre as hipóteses levantadas pelo biólogo estão a falta de peixes que servem de alimento para as piranhas em função da presença de agrotóxicos no rio e a introdução do tucunaré na região, peixe amazônico que disputa alimentos com as piranhas.
O excesso de pessoas às margens do rio e a abundância de alimentos deixados no local podem estar funcionando como alternativa à escassez de peixes.
A prefeitura de Pereira Barreto informou que está em contato com a UNESP, a Universidade Estadual Paulista, para começar os estudos que podem explicar o problema.