Brumadinho: para MP-MG, 16 pessoas são responsáveis pelo homicídio de 270 pessoas soterradas na lama
O Ministério Público de Minas Gerais indiciou 16 pessoas por 270 homicídios dolosos duplamente qualificados e por crimes ambientais no inquérito que investiga o rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro do ano passado.
A Vale e a TUV SUD também foram indiciadas pelos crimes ambientais, contra a fauna, a flora e de poluição.
Entre os denunciados, estão o ex-presidente da Vale Fábio Schwartzman, além de diretores, engenheiros e geólogos responsáveis pela mina, e os consultores da TUV SUD, responsável pelo laudo que atestou a segurança da barragem.
Também está no rol o gerente-geral da TUV SUD, Chris Peter Meier, que mora na Alemanha e não colaborou com as investigações. Por isso, o MP pediu à Justiça a prisão preventiva dele, que pode ser efetivada por meio da Interpol, a polícia internacional.
Segundo o promotor William Garcia, a liquefação da barragem foi a causa do rompimento. Ele disse que, desde de 2017, a Vale e a TUV SUD sabiam que o nível de risco da estrutura era inaceitável e, mesmo assim, se omitiram.
A denúncia afirma ainda que a Vale e a TUV SUD sabiam que o fator de segurança da barragem era menor do que o recomendado. E, além de omitir essa informação do Poder Público, não tomaram as medidas de curto prazo para evitar a tragédia.
Segundo o delegado Eduardo Figueiredo, esses fatores contribuíram para o tamanho do desastre. Acompanhe na reportagem de Desirée Miranda, da Rádio Inconfindência, de Belo Horizonte.