Já está valendo o reajuste de 10% no valor das passagens de ônibus e metrô do Distrito Federal. A medida foi publicada no Diário Oficial da última sexta-feira (10).
A passagem mais cara, que custava 5 reais, passou para 5 reais e 50 centavos. A mais barata, de 2 reais e 50 centavos, aumentou para 2 reais e 75 centavos. O governo espera economizar 161 milhões de reais com o aumento. Valor que será pago pelos usuários, que criticaram a medida.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, argumentou que um estudo da secretaria aponta para uma necessidade de aumento de 16% no valor das passagens, e que os 6% acima do reajuste serão pagos pelo próprio governo. Em 2019, o subsídio ao setor chegou a 701 milhões de reais. Isso porque a passagem que as pessoas pagam não é a única receita das empresas, que ainda recebem recursos do Estado.
Segundo o secretário, os aumentos de 2015 e 2017, que somam reajustes de 52% nas passagens, não foram suficientes para equilibrar financeiramente o sistema, pois o transporte teria ficado sem reajuste por 10 anos, entre 2006 e 2015, quando a inflação teria acumulado uma alta de 73%.
Por outro lado, deputados distritais da oposição querem derrubar o aumento. O deputado Fábio Felix, do PSOL, protocolou um decreto legislativo com poder de suspender o reajuste.
O deputado disse que a oposição está unida, mas o bloco só reúne 5 parlamentares de um total de 13 necessários para derrubar a medida. Porém, com a Câmara Legislativa de recesso, só haverá sessão se o presidente, o deputado Rafael Prudente, do MDB, convocar uma reunião extraordinária.
Já integrantes do Movimento Passe Livre marcaram um protesto para a próxima terça-feira, alegando que não vão pagar mais para circular menos. Nossa reportagem questionou a assessoria de imprensa de 3 das 6 empresas que atuam no DF sobre a situação do caixa que justificaria o aumento, mas a assessoria informou que não vai comentar a medida.