A Cedae retomou a produção de água tratada na Estação do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (4).
A reabertura das comportas do canal principal da estação ocorreu após técnicos da Cedae constatarem que não havia risco. O abastecimento já foi retomado de forma gradativa por motivos de segurança operacional, mas em alguns locais, como ruas altas, pode levar até 72 horas para se restabelecer completamente.
O serviço foi interrompido na tarde de segunda feira depois que uma análise laboratorial identificou a presença de detergente na agua bruta que chega à estação. Nove milhões de pessoas recebem a água do Guandu.
Ainda segundo a Cedae, o material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Rio, desde a noite de domingo.
Em nota, a companhia afirma que a qualidade da água não foi afetada e informa que a Agenersa, Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foram informados do fato para iniciarem os respectivos procedimentos.
Esse é mais um problema vivido pela população fluminense que consome a água distribuída pela Cedae. Desde o começo do ano, os consumidores têm reclamado do cheiro, gosto e cor turva da água que chega às torneiras.
A Cedae disse que a culpa foi da geosmina, que, em contato com microorganismos, altera a água, mas que não faz mal a saúde, segundo a companhia.
Para sanar o problema, a companhia usou carvão ativado e argila, mas moradores de algumas regiões afirmam que a água ainda não voltou ao normal.