A quatro dias do início dos desfiles no Sambódromo do Rio, ponto alto do carnaval carioca, a Justiça considerou que a Passarela do Samba reúne as condições de segurança necessárias para os desfiles das escolas de samba.
No entanto, deixou claro que a liberação definitiva para a apresentação das escolas de samba ainda depende de uma vistoria final do Corpo de Bombeiros, marcada para esta quinta-feira.
Em audiência especial, realizada nesta segunda-feira (17), na 1 ª Vara de Fazenda Pública do Rio, o Corpo de Bombeiros alegou que todas as exigências foram cumpridas, mas está pendente a instalação de estruturas provisórias, como extintores de incêndios e placas de sinalização.
Segundo a corporação, esses equipamentos ainda não foram instalados devido ao risco de furto.
A audiência contou com a participação do Ministério Público; da Liesa, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio, e da Riotur, empresa de turismo do municipio.
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, ressaltou que foram cumpridas todas as solicitações feitas nos autos do processo da Justiça, para melhorias no Sambódromo.
O presidente da Liga, Jorge Castanheira, disse que passado o Carnaval outras adaptações ainda serão feitas na Marquês de Sapucaí para o ano seguinte.
Em 2019, dias antes dos desfiles, o MPdo Rio de Janiro ajuizou ação civil pública contra a Prefeitura, requerendo a interdição do Sambódromo por falta de um laudo do Corpo de Bombeiros.
O documento foi emitido após vistoria realizada no dia dos desfiles do Grupo A e a Justiça acabou liberando o espaço horas antes da apresentação das primeiras escolas.
Para este ano, obras de recuperação estrutural e de melhoria da iluminação foram demandadas pelo MP e pelo Corpo de Bombeiros. Os trabalhos começaram em novembro, orçados em R$ 8,1 milhões, com recursos do Ministério do Turismo.
Por causa das obras, os ensaios técnicos da escolas no Sambódromo não puderam ser feitos este ano.
No domingo (16) , no entanto, a Prefeitura conseguiu na Justiça a liberação da Marquês de Sapucaí para teste de luz, som e a tradicional lavagem da passarela por baianas de todas as escolas. Sob chuva forte, a campeã do ano passado, a Mangueira, fez o teste do Sambódromo carioca, com as arquibancadas lotadas.