Adotar um animal de estimação na quarentena é um ato de amor, mas que requer responsabilidade
Ter um animalzinho para fazer companhia nos longos dias de quarentena da pandemia da Covid-19 pode ser uma boa para afastar a solidão. Mas, ao comprar ou adotar um desses seres encantadores é preciso lembrar que eles exigem atenção.
Precisam de cuidados veterinários, amor, comida, sair para passear. Essas responsabilidades serão por muito tempo, por que os bichinhos, como cães e gatos, podem viver até 16 anos. Aí, não dá para desistir de criá-los logo após a pandemia do coronavírus, quando a vida voltar ao normal.
Além de não ser uma atitude legal, isso é crime de abandono. Quem prática qualquer tipo de maus tratos contra animais pode pegar de três meses a um ano de prisão e ainda ter que pagar multa.
No Distrito Federal, existe a Polícia Militar Ambiental, que trata justamente de crimes contra os bichos.
O coordenador do batalhão, Major Souza Júnior, explica que uma pessoa pode ser presa se praticar alguma conduta que fira um dos cinco direitos dos animais
Portanto, antes de preencher a carência temporária provocada pela quarentena, é importante saber que os animais criam vínculos afetivos com os donos, como lembra a presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal, Carolina Mourão.
Mas mesmo se depois de saber que não é possível desistir do bichinho você ainda quiser um companheiro, os protetores aconselham que a melhor opção é adotar.
No abrigo Flora e Fauna do Distrito Federal, existem mais de mil animais para adoção.
É que o número de animais que eles acolhem é maior do que os adotados, como explica a voluntária da instituição, Adra Gabriela.
Já existem quase 140 milhões de animais de estimação no Brasil, a maioria cães e gatos, seguidos por répteis e pequenos mamíferos, segundo projeções da ONG Instituto Pet Brasil, que utiliza dados do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Desse total, quatro milhões vivem nas ruas ou em instituições de acolhimento.