A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (16) uma operação para aprofundar as investigações sobre irregularidades nas obras de um corredor BRT na cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Também estão na mira das autoridades contratos de publicidade feitos pelo poder municipal. Foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão, um deles tendo como alvo o prefeito Rodrigo Neves.
De acordo com o Ministério Público Federal, a operação procura elementos que comprovem a suspeita de fraude nessas licitações, e também que foram pagas propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do estado para ignorarem as irregularidades.
O prefeito, que está concluindo seu segundo mandato, chegou a ficar preso por cerca de três meses, de dezembro de 2018 a março de 2019, acusado de ter recebido propina de empresários de ônibus. Neves se tornou réu por essas denúncias em janeiro deste ano, mas ainda não foi julgado. Ele afirmou, em nota, que nunca foi ouvido ou convidado a prestar esclarecimento sobre quaisquer assuntos.
Disse ainda que a obra do corredor de ônibus expresso Transoceânico teve a sua prestação de contas aprovada por órgãos de acompanhamento e financiamento. Rodrigo Neves classificou a ação da Polícia Federal como abusiva, e com objetivo político de desgastar a imagem de sua administração.